Vivia sozinha Num ranchinho velho, feito de sopapo o seu rádio de noite era o canto de um sapo sua cama uma esteira entendida no chão Sua refeição era um bocado de charque e farinha pois nem prá comer a coitada não tinha sequer no café, um pedaço de pão
Levei pro meu sítio troquei por cetim os seus trapos de chita até prá " marvada" se ver mais bonita pus luz no seu quarto, invés de candeeiro E só por dinheiro, sabem o que fez essa ingrata mulher? fugiu com o doutor que eu mesmo chamei e paguei prá curar os seus bichos-de-pé
Assim me falou um pobre matuto, coitado, chorando em seu desespero foi me ensinando que em todo lugar mulher sempre é mulher Se pede uma flor e a gente lhe dá ela exige uma estrela e se por acaso ela não obtê-la se vai com o primeiro homem que lhe der
Compositor: Lupicinio Rodrigues (SBACEM)Editor: Peermusic do Brasil (UBC)ECAD verificado obra #26185 em 15/Mai/2024