Não sei Não sabes ninguém Por que conto fado Neste tom magoado De dor e de pranto E neste tormento Todo sofrimento Que sinto na alma Cá dentro se acalma Nos versos que canto Foi deus Que deu luz aos olhos Perfumou a rosa Já deu ouro ao sol E prata ao luar Foi deus Que me pois no peito Um rosário de penas Que vou desfiando E choro a cantar Pois as estrelas no céu Fez um espaço sem fim Deu luto as andorinhas E deu me esta voz à mim
Se canto Não sei porque canto Misto de ventura Saudade, ternura ou talvez amor Só sei que cantando Sinto mesmo quando Sê tenho desgosto Um pranto no rosto nos deixa melhor Foi deus que deu voz ao vento Luz ao firmamento E pois o azul nas ondas do mar Foi deus que me pois no peito Um rosário de penas que vou desfiando E choro a cantar Fez poeta o rouxinol Pois no campo o alecrim Deu flores a primavera Ai... e deu-me esta voz a mim
Compositor: Alberto Fialho Janes (SPA)Publicado em 1998 (15/Out)ECAD verificado obra #1062267 e fonograma #1411425 em 10/Abr/2024