Nesses versos tão singelos Minha bela meu amor Pra você quero cantar O meu sofrer a minha dor Eu sou como o sabiá Que quando canta é só tristeza Desde o galho onde ele está
Nessa viola Eu canto e gemo de verdade Cada toada representa uma saudade
Eu nasci naquela serra num ranchinho a beira chão Todo cheio de buracos onde a Lua faz clarão Quando chega a madrugada Lá no mato a passarada Principia o barulhão
Lá no mato tudo é triste Desde o jeito de falar Pois o jeca quando canta Da vontade de chorar
Não tem um que cante alegre Tudo vive padecendo Cantando pra aliviar
Vou parar com minha viola Já não posso mais cantar Pois o jeca quando canta Da vontade de chorar
E o choro que vai caindo Devagar vai se sumindo Como as águas vão pro mar
Compositor: Angelino de Oliveira (Tasso de Oliveira) (UBC)Editores: Irmaos Vitale (SOCINPRO), Todamerica (UBC)ECAD verificado em 04/Abr/2024