não sei, não sabe ninguém por que canto fado neste tom magoado de dor e de pranto e neste tormento todo sofrimento eu sinto que a alma cá dentro se acalma nos versos que canto foi Deus que deu luz aos olhos, perfumou as rosas, deu ouro ao sol e prata ao luar foi Deus que me pôs no peito um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar e pôs estrelas no céu fez o espaço sem fim, deu luto às andorinhas, ah, deu-me essa voz a mim se canto, não sei o que canto misto de ventura, saudade, ternura e talvez de amor e sei que cantando sinto mesmo quando se tenho um desgosto e o pranto no rosto nos deixa melhor foi deus que deu voz ao vento, luz ao firmamento, e deu o azul às ondas do mar foi Deus que me pôs no peito um rosário de penas que vou desfiando e choro a cantar fez poeta o rouxinol pôs no campo o alecrim deu flores à primavera ah, e deu-me essa voz a mim
Compositor: Alberto Fialho Janes (SPA)Publicado em 1998 (06/Mai) e lançado em 1998 (01/Mai)ECAD verificado obra #1062267 e fonograma #681775 em 28/Out/2024