Os teus olhos são frios como espadas, E claros como os trágicos punhais; Têm brilhos cortantes de metais E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas De abandonos cruéis e desleais, Fantásticos desejos irreais, E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indiferença, Que viver neste mundo sem amar É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim! E quanta vez dirás a soluçar: "Ah! Quem me dera, Irmã, amar assim!..."
Compositor: Florbela EspancaEditor: Oros (ABRAMUS)Administração: Sony Music Publishing Edicoes Musicais Ltda (UBC)Publicado em 2003 e lançado em 2003 (01/Out)ECAD verificado obra #187044 e fonograma #274259 em 01/Abr/2024